Colorado e o incrível Rocky Mountain

Welcome to Colorado

 

Finalmente avistamos a placa de Welcome To Colorado.

Visualizamos o estacionamento próximo a linha do trem na cidade de La Junta. Decidimos que não, pois o estacionamento era quase que em cima dos trilhos de tão próximo. Imaginamos um trem passando por ali, deveria tremer tudo dentro do nosso motorhome. Fomos então ver o tal Walmart como era o local. Alguns viajantes comentaram que em frente tem um terreno que ninguém sabe ao certo se pertence ao Wendy’s ou ao Walmart. Estacionamos e ficamos. Mais tarde outros dois motorhomes também se instalaram. É aquela história, já que já tem um, fica mais um e mais outro. Passamos a noite e ninguém veio questionar.

 

Seguimos pelo Colorado agora em direção as montanhas. Muita expectativa do que poderemos encontrar, e vivenciar.  Mas ainda temos um longo caminho pela frente. Chegar ao Rock Mountain National Park é nosso objetivo, mas qual caminho a seguir? O que veremos pelo caminho? Seguimos pelas montanhas ou pela highway? Dizem que pelas montanhas pode ser mais bonito, mas tem muitas subidas e descidas.

A nossa frente a cidade de Pueblo com seis unidades do Walmart, porém somente uma aceita overnight, seguimos para a cidade de Canõn City. A cidade fica já na entrada das montanhas, em meio a cânions e já está a mais de 1500 msnm. Fomos até a informação turística e fomos muito bem atendidos por uma senhora e dois senhores que diziam que nossa viagem seria incrível, porém cada um achava que tínhamos que seguir por um caminho diferente. Isso confirmava o que todos dizem, todos os caminhos do Colorado são lindos. Após coletarmos informações fomos ver onde passar a noite e claro, mais uma vez a opção foi o Walmart. 

Nossa roupa suja já estava com um bom volume e saímos para procurar uma lavanderia, assim partiríamos com isso pronto. Deixamos o estacionamento do Walmart por cerca das 20hs, mas ainda estava claro o dia. Encontramos uma laundry e com um bom sinal de Wi fi. Enquanto a Jane ficou no carro trabalhando eu fiz o serviço da lavanderia.

Quero destacar aqui uma experiência com a senhora funcionária da lavanderia. Já estava esfriando na porta da lavanderia tinha um recado que dizia, porta com defeito, feche após entrar. Eu realmente li e entrei, mas por algum tipo de piloto automático eu não fechei a porta. E é claro que um vento gelado entrou no local. A senhora me olhou com uma cara de reprovação e imediatamente meu tico e teco me avisaram da porta. Pedi desculpas com um sorriso e fechei. 

Percebi que outras pessoas também entravam e saiam e não fechavam a porta. Essa senhora estava bem chateada com isso. Devia ter tido um dia longo e duro com essa situação. Eu fui até ela e com um sorriso nos lábios pedi a senha da Wi fi, e depois pedi para trocar dinheiro por moedas para usar nas máquinas. Sempre com um sorriso no rosto. Percebi que isso fez uma grande diferença para aquela mulher, porque nos EUA essa cultura de faça você mesmo isola as pessoas. Fato que ninguém se importa com a porta, ou de dizer um olá, um até logo, um obrigado. Eu interagi com essa senhora e ao final das roupas lavadas ela me disse um “boa noite, volte sempre” com um sorriso nos lábios.

Estávamos ainda no estacionamento da laundry aproveitando a internet e anoiteceu.  Falei para a Janeh que ficássemos ali mesmo. Se alguém falar algo e só ir para o Walmart. Passamos a noite e ninguém apareceu.

 

Cachorro quente nas montanhas

 

Acordamos e o estacionamento da Goodwill já estava enchendo. Tomamos nosso café e fomos dar uma volta na loja. Essa foi disparado a Goodwill mais limpa, organizada e chique que entramos. Servia café com cookies no interior e era extremamente organizada. Não compramos nada, mas valeu a visita.

Em seguida fomos dar uma volta no centro histórico a pé. Uma ida para lá e para cá, aquela sensação de estar em um cenário de um filme e retornamos para o carro. Agora hora de tomar a decisão de qual caminho seguir. Pensamos, conversamos e com a decisão tomada colocamos o pé na estrada.

Confesso que uma sensação de ansiedade tomou conta de mim pois pela primeira vez estávamos usando nosso carro nas montanhas e sentindo como ele reagia às subidas e descidas, freio e potência consumo e comportamento em geral. Como andamos muito na América do Sul em grandes altitudes, eu estava ansioso para saber como meu organismo reagiria. 

Uma linda estrada costeando o rio em meio a cânions, e mal víamos a próxima curva. Um dia lindo de sol e céu azul, conduzindo nosso motorhome com cuidado em cada curva e deixando que o motor se adaptasse a diferença de altitude e não forçando os freios… assim nós três fomos relaxando e curtindo. Eu, Janeh e o Manteiguinha. Esse é o nome que temos carinhosamente chamado nosso motor home, ou RV. Por causa da cor do carro, cor de manteiga.

Mais relaxados vimos muitos outros motor homes, Campers, trailers parados em ponto na beira da estrada e próximo ao rio. Alguns pontos inclusive com uma mesa e bancos e local para fogueira. São pontos que você pode ficar até 14 dias dentro de 45 dias nas florestas nacionais - National Forests. São grátis e ótimas para ter sossego, pescar ou ficar acampado.

Chegamos a cidade de Salida e bem na entrada vimos um local desses. Alí tinha um Walmart que precisávamos para subir uns vídeos do YouTube, paramos e fomos fazer nosso almoço e subir os vídeos. 

Retornamos naquele último ponto na estrada nessa área que eles chamam de wildcamp. Achamos um local - quase não tinha mais - e nos instalamos.

Nesse local gravamos um vídeo e fizemos um cachorro quente, inclusive o vídeo está no canal do YouTube. Ali dormirmos.

 

A surpresa dos lagos congelados e o Fremont Pass

 

 A vontade de ficar os 14 dias permitidos nesse lugar é grande, mas precisamos seguir, devagar, mas precisamos. Não temos uma data nem compromisso em nenhum lugar, porém, sabemos que o Yellowstone já está aberto e dizem que chega a dar congestionamento nas rodovias dentro do parque. E nosso lema é no stress, então quanto mais cedo chegarmos, melhor.

Esse trecho de Salida em diante foi uma nova linda surpresa. Dali em diante realmente começamos a subir bastante, a neve começou a aparecer e cruzamos o passo na cidade de Leadville o Fremont Pass, com 11.318 pés, maios ou menos 3.800 m.s.n.m. Foi a primeira estação de esqui que passamos e este tipo de encontro sempre é surpreendente pois não olhamos ou planejamos ver isso. Apenas estávamos dirigindo em uma direção. Paramos e tiramos fotos, filmamos a decida e demos de cara com dois grandes lagos congelados. Ficar em frente à um lago congelado foi emocionante, dá uma vontade de sair correndo pelo lago e ficar ali contemplando as grandezas de Deus. Desse trecho a diante foi uma forte descida, mas o manteiguinha se comportou muito bem. Não estava tão frio apesar da altitude e do local com bastante gelo. Veja o vídeo em nosso canal.

Após horas dirigindo por uma estrada tranquila entre montanhas caímos na frenética interestadual I-70. Nada agradável, pois ali ninguém está passeando, todos passam muito rápido nesta highway, outros viajantes, overlanders, relataram a mesma coisa. Logo chegamos a cidade de Frisco onde tem uma Rest Area, porém bem na beira da I-70. Paramos, mas era quase como se estivéssemos no acostamento. Podíamos sentir o asfalto tremer quando os caminhões passavam em alta velocidade.

 

Silverthrone

 

Fomos mais 4 milhas e estávamos em Silverthrone. Uma cidade mega turística, meio que só tem outlets, restaurantes e hotéis. Nada mais. Chegamos e o centro de informações já estava fechado. Precisávamos de água e um lugar para ficar. Ali não tinha nem uma coisa nem outra. Pesquisamos nos aplicativos Ioverlander e RV Parky, e localizamos um local para dump e água. Também achamos um Walmart em Frisco, porém bem pequeno e com overnight proibido.

Após fazer o dump e encher o tanque de água, passamos por alguns campings em florestas. Entramos e fomos ver como funcionava. Estavam cheios e ou reservados os sites. Encontramos um casal que não foi muito simpático, dizendo que por uma noite podíamos ficar, mas o custo era de $26 dólares somente para estacionar, dependendo do local. Eu questionei sobre energia, água e banheiros. Não tem nada. Falei pra Janeh, que não íamos pagar por isso. Seguimos e fomos em outro camping no mesmo molde, mas a situação foi a mesma. Entendemos que estávamos em uma região turística e que até para respirar pagamos. Saímos e voltamos a Rest Area na beira da I-70. Tomamos um banho e comemos algo. Logo outros RVs estacionaram para passar a noite. Estava chovendo e ficou frio e úmido, mas passamos bem.

 

Uma deliciosa cidade no caminho Hot Sulphur Springs

 

A noite não foi das melhores por causa do barulho da estrada, mas tudo bem. Fomos ao centro de informações na cidade de Silverthrone, e para Passamos por um  outlet da Colúmbia que estava com muitas promoções de até 70% de desconto. A Jane comprou algumas peças, um tênis, e com os descontos ficou tudo pelo preço do que seria uma peça no Brasil. Muito legal! (Para mim hoje a maior luta é comprar algo. Tenho que precisar muito! Minha cabeça mudou tanto! E comprar o que preciso e pagar bem barato parece doer menos na minha consciência – Janeh).

Pegamos a estrada em direção a Rock Mountain NP por uma estrada mais isolada novamente pois a ideia de ir pela I-70 quase até Denver não me agradava. Também tínhamos um recado de que um casal do Brasil com uma Land Rover estava na próxima cidade em Kremmling subindo pela 9. Seguimos, mas não os encontramos. Mandamos recado no WhatsApp, mas sem sucesso.  

Quando deixamos Silverthrone e seguimos pela Rodovia 9, logo no início passamos por vários pontos de wildcamps grátis, e ficamos muito bravos com aquele casal de idosos que no primeiro parque de $ 26 dólares só para estacionar, nos disse que em Frisco e na região não tinha locais free para ficar. Acabamos descobrindo que ela não foi muito legal conosco.

Já em Kremmiling enquanto abastecia o combustível em um posto Gun and Go, observei que era sexta-feira, dia de promoção na loja de conveniência. Compre um pedaço de pizza ou uma pizza e ganhe outra. Já era hora do almoço e isso nos pareceu uma ótima compra. Achamos graça quando fomos pagar a pizza e ganhar a outra, nos pareceu que a dona, que estava no caixa, não gostou muito do nosso pedido. As pessoas costumam pegar um pedaço e ganham o outro, mas nós pedimos a pizza inteira. O anúncio era claro, não fizemos nada de errado, e no final para ela era a mesma coisa, mas foi hilário. E a pizza chamada breakfast é simplesmente deliciosa. Diria que uma das melhores que comemos nos EUA. E tínhamos pizza para congelar e comer algumas refeições. Essa compra valeu muito a pena.

Saímos e fomos a um ponto do Ioverlander na cidade de Hot Sulphur Springs onde indicava um wildcamp grátis. No local tinham pessoas de barraca, de RV, de carro, pescadores e uma mesa com um local para fogueira em cada espaço. Como o que já havíamos ficado em Salida. Gostamos desse local. Ás margens do rio, um local muito frequentado por pescadores. Ficamos por duas noites e aproveitamos para pôr o trabalho em dia.

Ali fizemos batatas assadas na fogueira e descansamos um pouco da estrada, demos uma volta à pé pela cidade de uma única rua e relaxamos.

 

O Surpreendente Rocky Mountain N.P.

 

Finalmente vamos ao Rock Mountain NP. Na medida que vamos saindo da civilização, como de costume, o combustível vai ficando mais caro. Estávamos abastecidos, mas ali em Hot Sulphur Springs estava bem caro, perto de $3 dólares o galão.  

Na noite anterior observamos que muitas pessoas que estavam sem banheiro, iam em direção a um hotel spa bem a lado do wildcamp e demoravam bastante para retornar.  Deixavam as barracas e seguiam com suas toalhas. Pensamos que certamente deveria ter um chuveiro pago para não hóspedes e que fossem do camping. Porém somente quando estávamos deixando a cidade, ao passarmos pela placa com o nome da cidade novamente foi que nos demos conta “Hot Sulphur Springs”, ou seja, Águas sulfurosas. Eu bem achei estranho que uma cidade de uma rua com meia dúzia de casas estivesse no guia de turismo. Descobrimos o porquê e ainda perdemos de tomar um banho nas termas no hotel. Quem não se informa perde.

Águas sulfurosas passadas, seguimos adiante que hoje é dia de Rock Mountain NP. Não estávamos muito distantes e logo chegamos. Entramos pelo acesso do lado norte, que tinha aberto apenas no dia anterior. Paramos no primeiro camping e enchemos o tanque de água. Não tínhamos certeza se poderíamos fazer wildcamp no Park, mas já garantimos a água. Neste camping em meio às barracas muitos “Mule Deer”, espécie de veados sem chifres. São bem dóceis, e circulam livremente pelo Parque. A nossa grande surpresa foi subir a mais de 4 mil metros e passar com o Motor home entre paredes de gelo maiores do que ele. Olhar as cadeias de montanhas nevadas que são chamadas de Rock Mountain. Rock Mountain é o nome da cordilheira que corta a América do Norte. E o parque tem este nome porque fica exatamente nas cordilheiras. Um cenário de filme, a grandeza de Deus estampada e assinada no lugar. Eu pensei que passaria mal por estar a cerca de 4200 msmn e graças a Deus nem aí para altitude. A Janeh dessa vez apresentou um pouco de sintomas, mas ficou bem. Paramos, brincamos na neve, tiramos fotos e filmamos, fomos até a marca continental onde divide o continente, a linha imaginária que separa o Pacífico do Atlântico, e corta toda a desde o Alasca ao Cabo Horn, no extremo sul. Iniciamos a descida, que foi de uma beleza semelhante à que já vimos na Patagônia, ou nas cordilheiras chilenas. Um show de beleza. Veja o vídeo deste dia em nosso canal

Vimos outros animais como Moose e Elks ainda. Um show à parte os animais livres em seus habitats. Encontramos vaga para uma noite em um camping dentro do parque por $26 dólares, com direito a banho, água e dump. Não tínhamos outra opção, pois queríamos fazer o caminho de volta. Pagamos e dormimos realizados porque o parque foi muito mais do que esperávamos.

 

Mais um dia incrível no Rocky Mountain NP

O dia amanheceu nublado e nós ainda temos muito parque pela frente para ver. Ao deixar o camping parei para fazer o dump e carregar água e já aproveitei para fazer um vídeo sobre esses procedimentos, pois algumas pessoas que assistem nosso canal do YouTube não sabem como funciona isso.

Deixamos o camping e fomos até um estacionamento onde deixamos o MH e seguimos de ônibus, pois alguns pontos não são permitidos MH, devido ao trafego de carros nessa época. Chegamos no ponto final e fomos escolher a caminha a fazer, porém assim que saímos do ônibus começou a chover. Ninguém arredou o pé e foi um tal de colocar capa de chuva rapidinho. A Janeh não estava se sentindo muito bem por causa da altitude e ali além da chuva e frio estava com muito gelo ainda por todos os lados e trilhas. Optamos por fazer a primeira trilha com cerca de 30 minutos apenas dando a volta no lago mesmo na chuva. Porém em cerca de uns 15 minutos a chuva parou e o tempo começou a abrir. Olhamos para o céu, um lado negro outro querendo abrir, já sabíamos que dentro do parque o clima muda o tempo todo. Foi uma surpresa andar por aquela região do lado. Muito gelo em meio a floresta, nunca tínhamos estado em um lugar assim. Parecia muito o cenário do filme Nárnia, das crianças que entram no armário na casa e saem em um lugar com neve do outro lado. Bem assim, só não estava nevando, mas o cenário era o mesmo.

Andamos e logo a caminhada estava no fim. Nos animamos e seguimos na próxima até uma cascata no meio da floresta. Essas caminhadas são bem curtas, são para turistas mesmo e logo chegamos. Não era assim a cascata mais linda que já vimos, mas valeu o visual do vale entre floresta e gelo. Nessa região tem muitos esquilos bem pequenos que ficam tentando conseguir comida. Demos uma bolacha salgada picada e eles fizeram a festa.

Retornamos e fomos esperar o ônibus para voltar ao carro. Enquanto isso, comemos algo que levamos na mochila, foi nosso almoço.

Quando chegamos ao MH, novamente a chuva estava anunciando chegar rápido. Partimos em direção ao centro de visitantes na saída leste do parque. Ali tinha internet free e aproveitamos para atualizar as notícias que há uns 3 dias não fazíamos. Uma chuva bem forte inclusive com neve no pico de 4 mil metros no passo mais alto começou a cair dentro do parque. Alguns turistas que desciam a montanha alertavam que lá em cima tinha muito vento, chuva e neve. Mas enquanto esperávamos usando a WI FI o tempo novamente limpou. Estávamos na dúvida de qual caminho seguir. Se saíamos por esse lado leste e seguíamos em direção a Fort Collins e subíamos em direção ao Yellowstone NP, ou se cruzávamos a Rock Mountain novamente de tanto que gostamos. Resolvemos cruzar novamente, e foi surpreendente pois no caminho vimos Elks (cervus Canadensis) bem de perto e vários Mooses (alces) também. A subida foi incrível, muito mais legal do que pelo lado oeste. Tem muito mais gelo para se ver, subindo por esse lado. Chegamos ao topo por volta das 18:30hs e longe da hora do pôr do sol. Lá em cima já está mais frio, mas o problema maior é o vento que deixa os 13 graus com sensação de 3. Mesmo assim, conversamos e resolvemos gravar o pôr do sol, e ficar até escurecer e então descer pelo lado oeste cruzando a Rock Mountain assim duas vezes. Com certeza foi uma grande decisão. Aproveitamos para tocar e cantar lá no monte fazendo desse tempo um tempo de louvor e adoração a Deus por dias tão incríveis em um lugar de tirar o folego. Muitas fotos e contemplação. Após o sol se pôr iniciamos nossa decida cautelosamente pois havia trechos que o gelo estava mais alto que nosso MH e com tanto vento e chuva poderia causar um desmoronamento em cima de nós a qualquer momento. A descida foi tranquila e agora, já escuro, por volta das 22hs procuramos um lugar para estacionar e dormir. Dentro do parque sabíamos que era proibido, mas não queríamos arriscar parar e ser acordado ou receber uma multa de um guarda-parque por descumprir as regras. Seguimos mais adiante e em Granby, logo depois do Grand Lake encontramos uma área livre e grátis. Estacionamos e fomos dormir.

Leia mais em Post 11 - #rumoaoalasca

Desenvolvido por - RPA Design