Panamá

Uma experiência desapontadora

O voo foi relativamente rápido. Seguimos para a imigração, e pasmem, não nos pediram absolutamente nada!!!! Não sabemos se porque eles têm os registros de que temos passagens de saída do país, mas isso nos deixou ainda mais chateados e fomos ao balcão da Copa Airlines pedir reembolso. Ali fomos informados que deveríamos ir ao escritório no centro da cidade para isso.

Pegamos um taxi para ir ao hotel e passamos no escritório da Copa Airlines, que ficava caminho. Depois de meia hora tentando explicar por que queria o reembolso, e aguardar ligações e consultas, fui informada que só podemos cancelar depois que tivermos o carimbo de saída do país no passaporte! Sem este carimbo, a empresa não reembolsa! 

Seguimos para o hotel e o trânsito na cidade do Panamá, estava completamente parado! Os motoristas da empresa de transporte urbano local estavam fazendo uma paralisação. Um caos na cidade!  Levamos quase quatro horas do aeroporto até o hotel (considerando os 30 minutos de espera do escritório da Copa Airlines). E, uns 300 metros antes do hotel, desistimos! Nós pagamos o taxi, pegamos nossas malas e seguimos a pé o restante do percurso.

Hotel El Parador está bem localizado, próximo de diversos restaurantes. E o preço é razoável em se tratando de uma capital. Deixamos as coisas no hotel e fomos comer algo! Estávamos só com o café da manhã, e um sanduíche servido no avião.

Um Turismo Histórico

Acordamos e decidimos sair para visitar Casco Viejo. Pegamos um taxi, e o Motorista Victor Manoel, que fala português é também um guia turístico, e acabou nos cobrando o mesmo que o ônibus do hotel para nos levar por quatro horas para conhecer a cidade de Panamá, passando por Casco Viejo, Canal de panamá e West View, e por uma viagem na história! Foi um dia muito rico em conhecimento!

Com quase 900.000 habitantes só na cidade, a Cidade do Panamá é uma das três únicas cidades da América Central definidas como cidade beta (título dado a lugares considerados importantes no sistema econômico mundial). Uma das cidades mais competitivas da América Latina,tem o Canal do Panamá e o turismo como importantes fontes de renda. O clima é tropical com temperaturas médias de 27 graus. Mas o centro é mais quente por conta da infinidade de arranha céus espelhados que refletem o calor.

 

Cidade do Panamá é uma das capitais mais antigas da América, fundada em 1519, a cidade foi destruída por um incêndio em 1671, provocado pelo pirata Henry Morgan, que saqueou e ateou fogo na localidade. O local onde se localiza a antiga cidade incendiada ainda está em ruínas e é agora uma atração turística e conhecida como Panamá Viejo.

Na localidade conhecida como o Casco Viejo, foi reconstruída a cidade em 1673. Hoje, considerado patrimônio histórico, está sendo restaurado. É possível caminhar pela cidade e em cada praça ou esquina ouvir uma história, como o Padre da Catedral, que pintou o altar de ouro em cor de madeira e conseguiu enganar o pirata Henry Morgan, e fazê-lo ainda doar bandejas e castiçais de ouro para a igreja.

Fomos ao Canal do Panamá, conhecida como uma das sete maravilhas do mundo moderno. O Canal do Panamá possui dois grupos de eclusas ( Obra de engenharia hidráulica que permite que embarcações subam ou desçam os rios o

u mares em locais onde há desníveis. Um no lado do Pacífico (Pedro Miguel e Miraflores) e um outro grupo no lado do Atlântico (Gatún). Todas as eclusas do canal são duplas, de modo que os barcos possam passar nas duas direções. É incrível ver os barcos fazendo este trajeto!

Visitamos ainda o Museu, onde além de toda a história, réplicas dos barcos que passam pelo canal, é possível ter a noção da dimensão dos tuneis que levam água para as eclusas, e entrar em um simulador para adentrar o canal. Muito interessante! Vale a pena!

A Cidade do Panamá se converteu no segundo sonho americano no sul e a população imigrante cresce de forma impressionante. Está entre os cinco melhores lugares para se aposentar no mundo! É possível encontrar muitos estrangeiros por todo lugar aonde se vai.

Retornamos ao hotel próximo das 15 h e fomos almoçar, depois voltamos para descansar! A noite saímos para jantar com Jens e Livia, com quem estamos compartilhando o container! Um tempo muito especial de contar o que cada um fez nestes dias.

Desembaraço do Valente

Dia de fazer o Desembaraço do Valente. Como não conseguimos deixar as malas em um bagageiro, porque o Hotel não possui, resolvemos pagar uma diária a mais e resolvemos que eu ficaria (assim economizamos uma passagem de trem (mesmo valor da diária de hotel) atualizando informações na internet.

Peguei um metro e chegando na estação de trem, lá estavam Livia e Jens. Fomos ao guichê e compramos nossos tickets. A viagem até que foi rápida e tranquila. O trem passa pelas eclusas de Miraflores e de San Jose, e pelo lago Gatun.

Chegamos à cidade de Colón, e fomos direto ao porto de Colón, no escritório da Seaboard.

Passamos o dia fazendo o desembaraço do Valente e do Boile. Você pode saber mais detalhes em Desembaraço do Valente no Panamá.

As 18 h, estávamos com nossos carros, tudo resolvido. O Jens queria ir a Zona livre para comprar uns painéis solares para o seu carro, e para isso iria dormir em Colón com a Livia no estacionamento de um shopping, e eu disse que iria ficar com eles para ir também dar uma volta na Zona Livre.

Fomos ao shopping, estacionamos nossos carros e fomos ao supermercado comprar nossa janta. Sentamos na calçada e comemos ali mesmo um frango com purê e suco, felizes da vida!

Iria cair uma forte chuva e eu precisava montar os climatizadores, pois estava com as aberturas livres e precisava fazer isso logo. O Jens também tinha que tirar de dentro do carro toda a tralha que ele leva em cima do carro e colocar para cima novamente.

Estacionamos em um lugar com mais luz em frente a uma loja de sapatos, e os dois subiram, cada um em seu carro e começamos a trabalhar. A Livia nos ia dando as coisas. Assim que eu terminei de encaixar os climatizadores caiu a maior chuva, mas como nos estávamos suados de tanto calor, ninguém saiu de cima do carro.

Tudo acertado, carros montados, fui a uma lanchonete comprar um sorvete e perguntei se poderia encher meu tanque de água com uma torneira que tinha ao lado de fora. Fui prontamente atendido. Tanque cheio, hora do banho... dormi pela primeira vez sem a Jane no Valente... foi uma experiência nova.

Acordei cedo e resolvi seguir para a cidade do Panamá. Quando saí de Colón em direção a cidade do Panamá, o GPS não estava dando a direção correta, e eu estava sozinho, somente com um mapa, mas consegui ir direto ao Hotel. Foi tranquilo.

Chegando ao Hotel a Jane estava no café. Nós conversamos e decidimos seguir para a Costa Rica.

Playa Santa Clara

Na rodovia Panamericana, em direção à fronteira, chegando à praia de Santa Clara havia em frente um linda casa com um grande jardim, e uma jovem senhora. Deus me deu a direção de ir a essa mulher e falar com ela. Ela disse que se quiséssemos poderíamos ficar ali em frente sua casa no gramado e ainda nos forneceu água e energia sem cobrar nada. Deus novamente... sempre.

Arrumamos tudo e saímos para uma caminhada de 1500 metros até a praia. Conversamos um pouco e na volta paramos em um restaurante XOKO, em frente à entrada da casa, na rodovia. Pedimos uma corvina assada com salada e fritas. Foi a melhor salada e corvina frita que comemos. O chef era muito bom! Fomos dormir felizes.

Paramos em algumas praias que eram abertas pelo caminho.

Nessa fronteira na saída do Panamá, aconteceu o absurdo! O agente disse que precisava revisar nosso carro. Na saída? Sim é procedimento padrão. Pediu para entrar olhou tudo e disse que tinha que chamar um oficial. A aduana suja, chovendo, tudo molhado e lá vem o brutamontes do exército com sua botina e um lindo cão com suas patinhas todas molhadas. Até em cima da cama o cachorro subiu e ficou latindo no espelho do cama!

- Tem algo ali, disse o oficial. Ao que respondi:

- Sim, um espelho. Eita cachorro burro! ...

Leia mais em Fase I - Costa Rica.

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