Chile - Valdívia a Paso Samoré

Trajeto II: Valdívia – Rio Bueno – Osorno - Puerto Octay - Vulcão Osorno - Ensenada - Petrohue - Entrelagos

02/01 Valdívia

Em Valdivia fomos direto ao mercado, fizemos um lanche no carro e saímos para visitar o mercado público municipal, onde há um interessante pêndulo de Focault mostrando o movimento de rotação da terra e diversos mapas dos glaciares no Chile e das bases nos glaciares sul, muito interessante!

Na margem do rio, os leões marinhos davam seu espetáculo ora disputando lugar na plataforma, ora tomando sol, como que em um balé sincronizado!

Demos uma volta pela praça central, vimos a catedral, que estava fechada e retornamos ao carro. Resolvemos ir a Sodimac, onde os meninos gastaram o restante da tarde. Quando saíram já era quase 19:30h resolvemos seguir até um ponto no Ioverlander, um Posto Shell na Ruta 5 sentido sul-norte. Ali nos instalamos, aquecemos uma empanada, e descansamos.

 

03/01 – Rio Bueno – Osorno

Planejamos passar em Rio Bueno onde há uma grande fábrica de laticínios com preços bons e foi indicação dos Alemães, e depois seguir ao Vulcão Osorno.

Visitamos Rio Bueno e gostamos muito, uma cidade de colonização alemã muito simpática! Chegamos no domingo e tinha feira de usados nas ruas, a cidade em clima de final de semana, com as pessoas saindo da igreja, uma graça.

Depois de caminhar pela cidade, visitar o forte que tem uma linda vista do rio, resolvemos seguir para Osorno. Paramos no Copec Pronto em San Pablo, na ruta 5.

 

04/01 –  Puerto Octay - Vulcão Osorno

Seguimos para Puerto Octay, e logo já podíamos ver o Osorno, mesmo que encoberto. O dia estava bem nublado o que não nos permitiu ver muito dos vulcões no horizonte, o que foi uma pena pois era possível ver o Pontiagudo, o Osorno e o Cabulco.

Mas mesmo assim o caminho até Puerto Octay é muito bonito com muitas casas de colonização alemã ao longo do caminho com pastagens, gados, conferindo a paisagem um visual encantador. Puerto Octay também se mostrou uma pequena cidade de pouco mais de 3000 habitantes, mas muito simpática. Com a marca forte de sua colonização alemã, nos brinca com casa datadas de 1890, 1900.

Passeamos pela cidade, pela costaneira, e depois seguimos até Frutillar, que para nós foi um pouco decepcionante, bem maior e turística. Uma cidade, que de bonito, oferece às margens do Lago Llanquihue, o maior do Chile, com o Osorno ao fundo. Mas, como o dia estava nublado, a paisagem estava cinzenta e sem graça. Lotado de turistas, a costaneira, não tinha local para estacionar. Retornamos e saímos bem rápido da cidade.

Seguimos para Centinela, passeamos, conhecemos e resolvemos seguir para visitar La Cascada, uma cascata de 80 metros de altura depois de uma caminhada de uma hora, mais ou menos. Um lugar lindo!

Resolvemos subir para o Osorno! Os nossos amigos resolveram não subir e seguiram a Puerto Varas. As estradas aqui são todas asfaltadas, até o refúgio a 1200 m.s.n.m. A subida é bem forte, principalmente nos últimos três quilômetros. Muito parecido com a subida do passo em Los Andes.

Chegamos ao Osorno e assistimos um pôr do sol incrível!!! Esta é a viagem que sonhamos por três vezes fazer e tivemos que abortar, e estar aqui parece um sonho muitas vezes! Estávamos felizes de estar ali!

Ali encontramos a Sonja e o  Beno, um casal de suíços que conhecemos em Gramado! Mundo pequeno!

Fizemos uma macarronada e jantamos com o pôr do sol como visual!

 

05/01 e 06/01 Vulcão Osorno - Acordamos com os carros chegando pela manhã para assistir o nascer do sol. Mas até eu me tocar disso já tinha nascido! Que pena, vou ter que esperar até amanhã para ver!

Ás dez horas e cinquenta minutos saímos para subir o Osorno, até o ponto permitido, sem escalar, que fica a mais ou menos 1.700 m.s.n.n, 500 metros acima de onde estávamos.

Seguimos na trilha que leva ao Cráter Rojo, a cratera de um pequeno vulcão que pode ser visitada. Seguimos até onde é o limite da caminhada. O visual, tanto do vulcão, como da cordilheira, do tronador, do Cabulco, do Villarrica, e do lago Llanquihue, é incrível! Uma paisagem de tirar o fôlego. E o dia estava perfeito! Sem nuvens, céu azul, um vento agradável, só as moscas (gigantes aqui) e as "Jaquetas amarillas" umas vespas carnívoras que tem uma picada dolorida, segundo dizem, tem por aqui, impedem o lugar de ser perfeito! Mas nada que um casaco corta vento e repelente não resolvam. No fim nós matamos umas quinze moscas, que ressuscitam ou parecem brotar do terreno vulcânico!

Descemos eram quase duas horas e quarenta minutos, fazendo o primeiro tramo de teleférico e o segundo a pé. Eu caí com o Toninho filmando no terreno pedregoso e escorregadio!

Uma caminhada e tanto!

Um lanche, uma ajeitada no carro, e a tarde ficou para curtir o lugar, conversar com os suíços, e com os turistas que vêm até a gente. Este lugar é muito mais turístico do que imaginávamos! Lotou, com ônibus, vans, e carros por todo o dia! Muitos turistas!

O final do dia ficou por conta do pôr do sol ao som do violão!!!

 

06/01 - Osorno - Ensenada - Saltos Petrohue - Entre Lagos

Acordamos as 6:30 h para vermos o nascer do sol! Uma bela forma de iniciar o dia! Ficamos um pouco mais na cama e achamos estranho não ter aparecido ninguém ainda!

No dia anterior, antes do nascer do sol já tinha carros para ver o espetáculo e, por todo o dia ficou lotado. Já eram nove horas e nada de aparecer ninguém! Estranhamos, mas tudo bem. Levantamos e fui preparar o café, quando olhei pela janela da cozinha, um mar de nuvens a nossos pés! O Toninho saiu correndo para tomar fotos! Lindo, lindo, podíamos ver o Cabulco, o Osorno e os montes mais altos, o restante eram só nuvens!

Agora estava explicado! Lá de baixo, há menos mil metros não podiam ver o vulcão e o dia deveria estar nublado!

Tomamos nosso café e ficamos curtindo o visual! Fiquei refletindo em como nós agimos pelo que vemos! Leia mais em Além do que podemos ver.

Somente perto das dez horas chegaram o pessoal que trabalham na cafeteria e nas lojas, e a medida que as nuvens se dissipavam, começavam a subir os primeiros carros...

Resolvemos descer pois estávamos sem água e sem gasolina para o gerador. Fomos até Ensenada, abastecemos o gerador, fomos ao posto dos carabineiros e enchemos nosso tanque de água e fomos a Petrohue. Paramos no caminho em Saltos de Petrohue. Um lugar cheio de carros e turístico. Muito bonito, mas lotado de turistas, e com muitas moscas! Uma tortura caminhar por ali!

Seguimos até Petrohue e pelo caminho, diversos locais igualmente lindos, sem turistas! Fomos até o lago, mas estava igualmente lotado, impossível estacionar! Voltamos e paramos num dos lugares ao longo da estrada vazio, de frente para o Osorno e com o rio de fundo e almoçamos! Ficou impossível sair do carro pois as moscas estão por todos os lagos no Chile!

A estrada até Entrelagos seguindo de Puerto Octay é muito bonita e já possível avistar o Puyehue e o Tronador, além do vulcão pontiagudo e o Osorno! Entrelagos é uma cidade pequenina à beira do lago, e como as demais cheia de gente aproveitando nos lagos! Passamos a noite no Corpo de Bombeiros, onde o Toninho resolveu entrar e perguntar se poderíamos ficar? Sem problemas, com água! A senhora que nos atendeu foi muito simpática!

Deixamos o Valente ali e fomos passear pela cidade! Sentamos à beira do lago, uma delícia!

Os nossos amigos, que tinham ficado em um posto em Osorno, escreveram passando as consultas para pegarmos as balsas para a carreteira austral e que para eles seria inviável!

Fizemos o cálculo para nós dois,  estudamos os livros de informações sobre os locais, o trajeto por ali, pela ruta 40, os gastos, consultamos alguns amigos, e decidimos voltar pelo Paso Samoré e descer pela ruta 40 até Esquel, entrando em Futaleufu, para o Chile. Tristes por abortar Puerto Mont e Isla de Chiloé, mas certos de ser o melhor a fazer!

 

07/01 - A noite foi tranquila, mas a cidade começa cedo, e nós também levantamos! Depois de três dias reencontramos nossos amigos. Seguimos para a Argentina e a saída do Chile foi super rápida. Seguimos para a fronteira da Argentina...

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