Chile – Paso Futaleufu a Puyuhuapi

Trajeto III: Futaleufu – Chaiten - Puyuhuapi

09/01- Futaleufu

A fronteira da Argentina foi mais demorada pois tinha fila, levamos meia hora. Já na do Chile em quinze minutos estávamos saindo. E entramos no asfalto de novo. Seguimos a Futaleulu, onde paramos na praça para o almoço, depois abastecemos e seguimos para encarar mais cem quilômetros de ripío e cinquenta de asfalto até Chaitén, agora com os pneus mais vazios, para ver se pula menos.

Passamos pelo lago Lonconao, muito bonito.

Paramos mais à frente em direção a Chaiten, em um ponto bem em baixo da Ponte, a beira do rio Futaleufu, com árvores e muito agradável.

Ali tomamos banho no rio, lavamos roupas e descansamos!

 

10/01 a 12/01 – Chaiten

Depois de uma noite fantástica ao som do rio, acordamos com um galo cantando ao longe! A vontade de ficar por aqui é grande, mas queremos tentar encontrar com o Gaston e a Beth, que conhecemos no norte do Chile e nos visitaram no Brasil, em Chaiten, antes que eles cruzem a balsa em direção ao norte!

E neste trecho de 43.5 km até a Carretera Austral,  a paisagem ficou por conta do show dado pelo Lago Yelcho, ao longo da via, além das cascatas, de degelo! Paisagens que nos tiraram lágrimas e as palavras. Simplesmente olhar, suspirar, agradecer... nesses momentos palavras como ¨lindo, incrível, nossa, demais¨ parecem piegas demais a medida que avançamos no caminho. Vale cada quilômetro de rípio rodado!

Entramos na carretera Austral e seguimos mais 30 km em rípio e em Puerto Cardenas já é asfaltado até Chaiten.

Seguimos e logo que entramos em Chaiten vimos o caminhão dos nossos amigos e os seguimos!Foi uma alegria o reencontro, e eles ficaram surpresos com nossa chegada, pois não tínhamos conseguido falar por internet!

Tomamos café juntos e jantamos juntos, compartilhando sobre os lugares por onde havíamos passado até tarde da noite!

Eles estavam estacionados em um estacionamento na costaneira, há uns 200 metros do posto da copec.

 

11/01 - Fomos despertados por caminhões que tinham estacionado suas pranchas onde estávamos e passaram para retirá-las!

Saímos com Gaston e Elizabeth, que tinham passagem comprada para terça de manhã, e trocaram para quarta a tarde para ficarmos um tempo mais juntos!

Fomos a central de informações, ao banco onde não conseguimos sacar dinheiro, achamos estranho mas resolvemos tentar na próxima cidade. Fomos ao mercado, que era pequeno e quase não tinha nada! Voltamos e almoçamos juntos!

Chaiten é uma cidade que se recupera da erupção do vulcão Chaiten, em maio de 2008. Para eles, uma simples montanha que fica em frente ao Vulcão Michinmahuida. Quando começaram a sentir os tremores, pensaram ser este vulcão entrando em atividade, e os sismólogos nas entendiam o que estava ocorrendo, até que descobriram que Chaiten não era uma montanha qualquer, mas um vulcão em atividade. Evacuaram os mais de sete mil habitantes para as regiões vizinhas. O vulcão explodiu abrindo sua cratera e lançando um mar de pedras e cinzas que foi arrastando arvores pelo rio, que não comportou a demanda, abrindo um imenso rio em meio a cidade de Chaiten, desembocando na praia.

A parte sul ficou muito destruída. E a orla, que antes tinha 20 metros de areia, hoje tem quase um quilômetro de areia, pedras e cinza e restos de árvores.

A cidade foi dividida em Chaiten Norte e Chaiten Sul, parte mais afetada, e foi feito uma barreira de contenção ao longo do novo rio para conter o material vulcânico em caso de novas atividades. Hoje a cidade tem somente dois mil habitantes, com muitas propriedades construídas na parte menos afetada, a cidade volta a ser polo turístico, pela atração do vulcão, onde é possível subir e contemplar dois lagoas que se formaram em seu cume, bem como parte da cratera aberta. Como está nublado, vamos deixar para ir amanhã!

A tarde fomos passear pela cidade descobrimos uma ótima internet na praça principal. Dormir na praça central foi a nossa decisão.

 

12/01 -A noite foi de chuva e o dia amanheceu nublado e chuvoso frustrando nossos planos de subir ao vulcão. Fomos até a entrada do parque mas como a chuva se intensificou abortamos os planos. Retornamos a cidade e fomos visitar a parte sul, mais afetada pelo vulcão. Passamos por um hotel sobre rodas da Alemanha, lotado de turistas, com mais de vinte metros de comprimento e um hotel na parte traseira, o caminhão parece desproporcional para estas estradas da Carreteira austral.

Tiramos fotos e o motorista, ao ver que éramos do Brasil, nos disse que custava cinco reais a fotos!

Na parte sul, cruzando o rio que agora divide a cidade, uma tristeza ver tantas casas, escola, prédios abandonados, alguns destruídos, e alguns poucos moradores que ousaram retornar a suas casas. O leito imenso, que hoje abriga um pequeno rio, dá mostras do tamanho da destruição causada pela erupção. Depois de rodar por toda a cidade, resolvemos estacionar na praça e passar o dia atualizando informações na internet, e trabalhando em outro texto para a Revista Motorhome.

A noite nos encontramos com Gaston e Elizabeth para um lanche e conversamos até depois das dez horas! Sempre uma diversão estar com eles!

 

13/01 -  Seguir pela Carreteira Austral

Chegou o momento da despedida! Tão preciosos! Eles seguem em barco para a Isla de Chiloé e nós para o sul! Nos despedimos com desejos de um breve reencontro! Dez horas, seguimos pela ruta 7, até Santa Lúcia, em asfalto e depois rípio. Havia trechos de asfalto de alguns quilômetros para nos dar um descanso. E muitas obras na rodovia. Chegamos à La Junta eram uma da tarde! Paramos em um posto Copec, fizemos um almoço rápido, e estávamos comendo quando os Suíços, Beno e Sonja chegaram. Vindo de Puerto Balmaceda, pararam, conversamos e seguiram para o sul.

Nós fomos dar uma volta pela cidade e depois seguimos também! Na estada muitos Lagos, rios, paisagens lindas! Entramos numa parte da carreteira com muitas curvas e mais estreita, mas é tranquilo e com uma paisagem linda também.

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